Amazônia

Fama Amazônica e a Crise Ambiental da Amazônia

A Fama Amazônica apresenta, neste artigo, ações-chave para uma agenda ambiental urgente para a Amazônia. Elas não nascem apenas de reflexões teóricas, mas da absorção e internalização de mais de 30 anos de pesquisas e vivências na região. Nosso objetivo é claro: apontar caminhos que conciliem o equilíbrio biótico e climático do planeta com o desenvolvimento local, superando interesses imediatistas e propondo políticas públicas verdadeiramente transformadoras..

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A Revista Fama Amazônica chegou à conclusão de que, há anos, mostramos ao mundo tudo o que acontece na Amazônia, no Amazonas e em toda a região Norte. Porém, a ignorância e a falta de acesso à educação fazem com que grande parte da população local não se preocupe — nem um pouco — com as inúmeras tragédias e ameaças que têm marcado os últimos anos.

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O problema é que, hoje, não encontramos mais respostas prontas para dar um norte aos nossos leitores e à população. No Brasil, especialmente aqui no Norte, os governantes não agem para mudar o quadro crítico que assola a Amazônia — e, pior, parte da sociedade não entende ou não quer entender a gravidade da situação.

A ciência já deixou evidente: a Amazônia é peça-chave no equilíbrio climático global e na conservação da biodiversidade mundial. Mesmo assim, sua trajetória recente é marcada por um modelo predatório de ocupação, baseado na expansão acelerada da infraestrutura e no avanço do agronegócio, o que gerou desmatamento em massa, conflitos fundiários e ataques às populações tradicionais.

Entre 2004 e 2012, o Brasil conseguiu reduzir o desmatamento em 87% por meio de instrumentos inovadores de controle, o que nos levou a assumir, no Acordo de Paris, metas ousadas: zerar o desmatamento ilegal, compensar emissões de gases do uso da terra e restaurar 12 milhões de hectares de florestas até 2030.

Mas a realidade é dura: 18 anos depois, estamos longe da meta.
Hoje, cerca de 38% da área florestal remanescente já foi degradada por incêndios, efeitos de borda, exploração madeireira e secas extremas. Estudos alertam que até 20% da floresta remanescente na Amazônia oriental pode queimar nos próximos anos se nada mudar.

O desmatamento não é o único inimigo. A degradação silenciosa, impulsionada por atividades ilegais e pela ausência de fiscalização efetiva, ameaça transformar a Amazônia em um ecossistema irreversível de savana degradada.

A saída não está apenas em preservar, mas em valorizar a floresta em pé. A bioeconomia amazônica deve ser guiada pelo conhecimento ancestral das populações tradicionais, aliado à ciência e à inovação, para gerar renda sem destruir o bioma.

No entanto, muitas questões estruturais para essa agenda ambiental não estão sob o controle de um único agente. É necessário mobilizar governos, empresas, comunidades e sociedade civil para construir uma estratégia conjunta de desenvolvimento sustentável, capaz de romper com os padrões históricos de destruição.

A Amazônia não pode esperar.
O planeta não pode esperar.
E nós, da Fama Amazônica, seguiremos cobrando, denunciando e propondo caminhos para que essa voz ecoe antes que o silêncio da floresta seja definitivo.

por Almir Souza Redator
Fonte Redação Fama
Foto AAS

Almir Souza

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