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A Origem do Carnaval

O Carnaval é uma festa com raízes profundas na história da humanidade, cuja origem remonta a celebrações realizadas por diferentes civilizações antigas. Embora tenha se consolidado na Idade Média em associação com o cristianismo, a festividade carrega influências de tradições mesopotâmicas, gregas e romanas.

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Influências da Antiguidade

As primeiras manifestações festivas que deram origem ao Carnaval foram registradas na Mesopotâmia há mais de 5 mil anos. Nessas celebrações, a ideia central era a inversão temporária da ordem social, permitindo que pessoas comuns satirizassem autoridades e rompendo com as hierarquias estabelecidas. Esse conceito influenciou as festividades posteriores.

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Na Grécia Antiga, as festas dionisíacas, em homenagem a Dionísio (deus do vinho e do prazer), eram marcadas por excessos, teatro e desfiles de máscaras. Já entre os romanos, celebrações como as Saturnais e as Bacanais também seguiam essa lógica de liberdade e desinibição temporária, sendo momentos de banquetes, danças e celebrações regadas a vinho.

O Carnaval na Idade Média

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Com a ascensão do cristianismo e o fortalecimento da Igreja Católica, houve um esforço para controlar os impulsos festivos da população. Para isso, foi instituída a Quaresma, um período de 40 dias de penitência e restrição antes da Páscoa. Como resposta, a sociedade passou a concentrar suas festividades nos dias que antecediam esse período, dando origem ao que conhecemos como Carnaval.

O termo “Carnaval” vem do latim “carnis levale” ou “carne vale”, que significa “adeus à carne”. Isso representava o momento de despedida dos prazeres mundanos, especialmente da alimentação farta e do consumo de carne, que era um item raro na dieta da maioria da população medieval.

Durante a Idade Média, o Carnaval se manifestava de diversas formas, desde bailes de máscaras até brincadeiras públicas que zombavam da hierarquia e das autoridades. Havia, também, peças teatrais e banquetes, tornando a festividade um grande evento popular.

Evolução do Carnaval

Ao longo dos séculos, o Carnaval evoluiu e incorporou elementos culturais de diferentes regiões do mundo. No século XIX, os bailes de máscaras tornaram-se populares entre as elites europeias, enquanto manifestações populares ganhavam força nas ruas. Com a expansão das colônias europeias, o Carnaval se espalhou para diversas partes do mundo, incluindo o Brasil, onde assumiu características únicas com a influência das culturas africana e indígena.

Atualmente, o Carnaval é uma das maiores festividades globais, sendo celebrado de diferentes maneiras em diversos países. No Brasil, tornou-se um dos principais símbolos culturais, com desfiles de escolas de samba, blocos de rua e grandes festas que atraem milhões de pessoas anualmente.

A origem do Carnaval revela sua essência como uma festa de liberdade, extravasamento e inversão temporária das regras sociais. Seja na Antiguidade, na Idade Média ou nos dias atuais, o Carnaval continua a desempenhar um papel fundamental na cultura e na identidade dos povos ao redor do mundo

Carnaval brasileiro
O Carnaval é a maior festa popular do Brasil e arrasta milhões de pessoas para as ruas. A data é também um momento muito importante para a economia, uma vez que movimenta bilhões de reais todos os anos. As maiores festas de rua do Brasil ocorrem nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador.

Quando o Carnaval chegou ao Brasil?
O Carnaval foi trazido para o Brasil pelos colonizadores portugueses. Os historiadores afirmam que a festividade estabeleceu-se no país entre os séculos XVI e XVII e teve como primeira prática o entrudo. Essa brincadeira fixou-se primeiramente no Rio de Janeiro e era realizada dias antes do início da Quaresma.

O entrudo manifestava o clima de zombaria pública que regia o Carnaval e foi uma brincadeira muito comum até meados do século XIX. A sua manifestação mais tradicional era conhecida como “molhadelas”, nelas as pessoas jogavam líquidos malcheirosos umas nas outras. Alguns dos itens usados eram água suja, lama e urina.

No entrudo também eram usadas águas aromatizadas, e ele era realizado tantos pelas classes altas quanto pelas camadas populares. Além disso, era um momento de flertes, sobretudo quando mais privado, isto é, entre famílias.

Com o passar do tempo, essa prática foi sendo substituída nas elites por práticas carnavalescas em evidência na aristocracia europeia no século XVIII, e, assim, surgiram os bailes de máscaras no Brasil. A partir do século XIX, os bailes começaram a popularizar-se, e, com a criação de sociedades carnavalescas, foram levados para as ruas. Consolidava-se, assim, o hábito de mascarar-se durante o Carnaval brasileiro.

Essas sociedades carnavalescas também passaram desfilar publicamente. A partir do século XX, o envolvimento popular com a festa contribuiu para a consolidação de ritmos que incorporavam a influência da cultura africana na capital carioca.

Assim, na década de 1930, o samba e os desfiles das escolas de samba tornaram-se elemento fundamental do nosso Carnaval. O sucesso das escolas de samba levou à construção e inauguração, em 1984, do Sambódromo, o local no qual os desfiles acontecem na cidade do Rio de Janeiro.

por Almir Souza – Redator Hacker e Gisele Lima
Fonte: Redação Fama
Foto: AAS

 

Almir Souza

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