Amazônia

Número de queimadas na Amazônia bate recorde em 2024

Número de queimadas na Amazônia bate recorde em 2024. Este aumento alarmante está ligado a uma combinação de fatores naturais e humanos. Este ano, as queimadas na Amazônia superaram todos os recordes anteriores, trazendo consequências devastadoras para o meio ambiente e a sociedade.

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A principal razão pela qual a Amazônia bate recordes de queimadas em 2024 é a intensificação de práticas agrícolas e de pecuária que envolvem queimadas. As queimadas são frequentemente usadas para limpar a terra para plantio e pastagem, especialmente em áreas recém-desmatadas. No entanto, a seca extrema, exacerbada pelas mudanças climáticas, criou condições perfeitas para a propagação do fogo. Em 2024, a seca foi mais severa, contribuindo significativamente para a escalada dos incêndios.

Anomalia em Roraima
Particularmente preocupante é a anomalia observada em Roraima, onde o número de queimadas disparou. Esta região, que normalmente é menos afetada em comparação com outras partes da Amazônia, viu um aumento drástico no número de incêndios devido a um prolongado período de seca e ao uso intensivo de queimadas para a agricultura. A situação em Roraima destaca como as condições climáticas extremas e as práticas humanas inadequadas podem combinar-se para criar crises ambientais severas.

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Segundo Ane Alencar, diretora do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Ipam) e coordenadora da rede colaborativa Mapbiomas Fogo, “As chuvas que normalmente ocorrem no início de março começaram no final desse mês para abril. O fato de o período seco ter se estendido contribuiu para que tivesse mais fogo.”

Nos últimos anos, a taxa de queima da Amazônia aumentou significativamente. Diversos fatores contribuem para que a floresta queime mais rápido, incluindo:

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Intensificação das Práticas de Desmatamento: Com o desmatamento em alta, as áreas de floresta removida são frequentemente queimadas para a agricultura. Essas queimadas controladas frequentemente saem do controle e se espalham rapidamente devido à vegetação seca.

Mudanças Climáticas: A elevação das temperaturas e as mudanças nos padrões de precipitação resultaram em períodos de seca mais longos e intensos, tornando a vegetação mais inflamável. Efeito das Queimadas Anteriores: As queimadas recorrentes enfraquecem a estrutura da floresta, tornando-a mais suscetível a incêndios futuros. Áreas que já queimaram uma vez são mais propensas a queimar novamente, e com maior intensidade.
Ane Alencar ressalta, “A Amazônia fica mais inflamável [com os eventos climáticos intensos], só que para que o fogo ocorra alguém tem que incendiar. Então a Amazônia vai queimar mais e mais fácil se as duas coisas estiverem acontecendo.”

Os impactos das queimadas na Amazônia são vastos e abrangem várias dimensões:

Destruição da Biodiversidade: As queimadas destroem grandes áreas de floresta, resultando na perda de habitats e na ameaça à biodiversidade. Espécies endêmicas estão em risco, e a regeneração da floresta é prejudicada.

Emissões de Gases de Efeito Estufa: A queima de biomassa libera grandes quantidades de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa, contribuindo para o aquecimento global. Em 2024, as emissões aumentaram significativamente devido ao número recorde de queimadas.

Saúde Pública: A fumaça das queimadas afeta a saúde das populações locais, causando problemas respiratórios e outras doenças relacionadas à poluição do ar. As comunidades indígenas e ribeirinhas são especialmente vulneráveis.

Impacto Econômico: As queimadas afetam negativamente a economia local, destruindo recursos naturais dos quais muitas comunidades dependem. Além disso, o custo de combate aos incêndios é elevado, sobrecarregando os recursos governamentais.

Número de queimadas na Amazônia bate recorde em 2024. Ironia do destino, o aumento das queimadas ocorre em um momento em que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anuncia uma queda significativa no desmatamento.

De acordo com o Relatório Anual do Desmatamento (RAD) 2023, o corte florestal caiu drasticamente em 62,2% durante o terceiro mandato do governo Lula. Entre 2022 e 2023, a redução foi de 21,8%. A única exceção foi o Amapá, onde o desmate aumentou 27%. Na região conhecida como Amacro (Amazonas, Acre e Rondônia), houve uma queda de 74% no desmatamento.

Segundo Luciana Gatti, coordenadora do Laboratório de Gases de Efeito Estufa do Inpe, comparando os números com o governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL), os resultados de Lula são “comemoráveis”. Contudo, Gatti destaca que ainda há muito a ser feito, pois a presença de criminosos que exploram a floresta para lucro continua a ser um grande desafio. “Essa turma descobriu que vender madeira e grilar terra dá mais dinheiro e tem menos risco do que mexer com droga, então hoje é muito mais difícil combater o desmatamento e o legado de Bolsonaro é muito pior do que a gente imagina.”

Medidas de Mitigação e Prevenção
Para enfrentar essa crise, é crucial implementar medidas eficazes de mitigação e prevenção. Entre as estratégias recomendadas estão: Reforço na Fiscalização: Intensificar a fiscalização das práticas de desmatamento e queimadas ilegais. O uso de tecnologia de monitoramento por satélite pode ajudar a identificar e responder rapidamente aos focos de incêndio.
Educação e Conscientização: Promover campanhas educativas para sensibilizar agricultores e comunidades sobre os riscos das queimadas e a importância de práticas agrícolas sustentáveis. Políticas de Sustentabilidade: Implementar e fortalecer políticas públicas que incentivem o uso sustentável da terra e penalizem práticas destrutivas.

Número de queimadas na Amazônia bate recorde em 2024. Colaboração Internacional: Buscar apoio e colaboração internacional para combater as queimadas e promover a preservação da Amazônia. Parcerias com ONGs e instituições globais podem fornecer recursos e expertise necessários.

A resposta a essa crise requer uma abordagem multifacetada que combine fiscalização rigorosa, educação, políticas públicas eficazes e cooperação internacional. A proteção da Amazônia é vital para a saúde do planeta e para o bem-estar das gerações futuras.

Por AM POST
Almir Souza-Redator Hacker Free Lancer em Redação Fama
Este artigo contém informações do site brasildefato
Foto AAS

Almir Souza

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