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Analfabetismo funcional: o desafio invisível que compromete o futuro do Brasil

Apesar do aumento da escolaridade no país, o Brasil enfrenta um problema grave e muitas vezes invisível: o analfabetismo funcional. De acordo com o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), 29% da população entre 15 e 64 anos têm dificuldades para compreender e interpretar textos simples — o que inclui pessoas com o ensino médio completo e até mesmo estudantes universitários.

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Na prática, isso significa que milhões de brasileiros não conseguem aplicar habilidades básicas de leitura e escrita em situações do dia a dia, como interpretar uma bula de remédio, compreender uma notícia ou entender uma proposta política.

Universitários, redes sociais e o espelho da ignorância

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A situação é ainda mais chocante quando observamos que, muitas vezes, os entrevistados em vídeos de rua que viralizam nas redes sociais são universitários. Perguntas simples sobre história, geografia ou atualidades recebem respostas completamente equivocadas. O entretenimento, nesse caso, revela um problema profundo: estamos formando pessoas que decoram fórmulas, mas não sabem interpretar o mundo.

Na política, a desinformação vira aplauso

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No campo político, o analfabetismo funcional se torna ainda mais perigoso. A incapacidade de compreender discursos, analisar dados ou questionar argumentos faz com que muitos caiam facilmente em narrativas manipuladoras. Sem qualquer base informacional, uma parcela significativa da população aplaude mentiras bem contadas como se fossem verdades. Esse é o solo fértil para o crescimento de fake news, extremismos e intolerância.

As raízes do problema e os desafios da era digital

O analfabetismo funcional tem causas profundas: desigualdade social, falta de acesso à educação de qualidade, baixa valorização da leitura e ausência de políticas públicas eficazes. O próprio Inaf — coordenado pela Ação Educativa e pela ONG Conhecimento Social — tem sido uma ferramenta crucial para mapear essa realidade, mostrando onde é mais urgente investir.

Mais recentemente, o Inaf passou a avaliar também o letramento digital, revelando outro dado preocupante: quanto mais frágil o alfabetismo tradicional, maior a vulnerabilidade no ambiente digital. Isso reforça a urgência de uma educação crítica e atualizada, que prepare o cidadão para os desafios do século 21.

Fama Amazônica: informação como instrumento de transformação

Diante desse cenário, a Revista Fama Amazônica assume um compromisso: promover o pensamento crítico, combater a desinformação e ampliar o acesso ao conhecimento de forma clara, acessível e contextualizada à realidade brasileira, especialmente na Amazônia.

Recebemos diariamente perguntas sobre temas básicos — o que confirma o quanto ainda há a ser feito. Mas acreditamos no poder da informação para mudar trajetórias, abrir horizontes e transformar consciências.

Fama Amazônica pergunta: o que será do nosso país se continuarmos formando profissionais com tamanha ignorância?

Para combater o analfabetismo funcional, é preciso investir em educação de qualidade, em políticas públicas que promovam a igualdade social e em programas de alfabetização para jovens e adultos.

Essa é a base para um Brasil mais justo, consciente e preparado para o futuro.

Revista Fama Amazônica – Informação que transforma.

por Almir Souza Redator
Fonte Redação Fama
Foto AAS

Almir Souza

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