Tecnologia

Um Futuro Amazônico: entre a obstinação e a inovação

A Revista Fama Amazônica é um exemplo de obstinação pelo Amazonas e pela Amazônia como um todo. Estamos presentes em todas as pautas que tocam esse vasto universo verde, comprometidos em relatar os interesses e desafios da sociedade regional. Neste artigo, buscamos mostrar, com segurança e realismo, os caminhos de um amanhã promissor, desenhando um futuro de luta, inovação e identidade amazônica.

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Polo Digital de Manaus: o sonho dos jovens empreendedores
O Follow-Up do Polo Digital de Manaus é a realização de um antigo sonho de jovens empreendedores que se multiplicam nas universidades e centros de pesquisa locais. Mas a pergunta inevitável é: por que demoramos décadas para transformar essa utopia em realidade?

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A resposta passa por dois pontos críticos: a ausência de uma agenda comum que integre os esforços da sociedade e uma cultura de concorrência imatura entre atores que deveriam atuar em colaboração.

O protagonismo civil e a força da Codese
A sociedade civil organizada tem tido pouco protagonismo ao longo dos anos. Entretanto, experiências como a da Codese (Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Manaus) mostram que é possível mudar esse cenário. Reunindo instituições da sociedade civil e entidades ligadas ao ecossistema de tecnologia, o Codese tem sido fundamental para impulsionar a dinamização do Polo Digital.

Bioeconomia e tecnologia: oportunidades e contradições
A Fama Amazônica adverte: o Brasil deixou de arrecadar R$ 63,6 bilhões em tributos não pagos por empresas de tecnologia em 10 anos, segundo dados da Receita Federal. Esses incentivos, condenados pela Organização Mundial do Comércio (OMC), refletem uma política industrial desajustada, que agora ameaça até mesmo modelos legítimos de desenvolvimento como a Zona Franca de Manaus (ZFM).

Apesar disso, a ZFM conseguiu avançar em regulamentos que permitirão aplicações mais eficazes dos recursos disponíveis, com potencial para refletir diretamente no Produto Interno Bruto (PIB) de Manaus.

Dois polos estratégicos: digital e nanobiotecnologia
Duas obviedades se impõem na nova matriz econômica do Amazonas: o Polo Digital de Manaus (PDM) e o Polo de Nanobiotecnologia. Ambos têm se fortalecido com a atuação de dezenas de Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), e com apoio de centros de excelência como o Sidia, responsável por tecnologias de ponta utilizadas em smartphones da Samsung.

O maior desafio, no entanto, continua sendo o mesmo: gerar atividade econômica com impacto real no PIB. A integração entre os dois polos é fundamental para desenvolver soluções interligadas e sustentáveis.

O dilema da competitividade na bioeconomia
Em um ambiente liberal, onde se prega a livre concorrência e se proíbe ao Estado induzir diretamente novos negócios, como garantir a competitividade da bioeconomia e do Polo Digital de Manaus? É uma pergunta central, pois ambos estão vinculados ao futuro da própria ZFM.

A defesa de um futuro sustentável
A Fama Amazônica defende: com um bom ambiente de negócios, infraestrutura adequada, segurança jurídica e política econômica previsível, não há por que temer o futuro.

Pelo contrário, devemos investir em um projeto de desenvolvimento que respeite a identidade amazônica, promova inovação e gere riqueza para o povo da floresta.

A luta pelo futuro da Amazônia é, antes de tudo, uma luta pela dignidade de seu povo e pela valorização de seu conhecimento, cultura e território.

por Almir Souza Redator
Fonte Redação Fama
Foto AAS

Almir Souza

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