Os ribeirinhos da Amazônia

Os ribeirinhos não precisam ser colonizados. Os povos originários não necessariamente querem internet. Os problemas passam por questões mais simples, água potável, saneamento básico, estradas, portos, aeroportos, voos com preços justos.
Fama Amazônica, afalta de respeito e de compreensão..nós que estamos na Amazônia dialogamos com brasileiros sobre a nossa região, afirmamos a necessidade, por exemplo, de energia elétrica ou de estradas entre as capitais de Roraima, Amazonas e Rondônia, percebemos uma boa dose de indignação e de medo.
De onde vem o medo? Vem da soberania, imprevisibilidade, mobilidade, factualidade e solidariedade, concluindo com a importância dos governos e da governança. A condição em que vivemos na nossa própria região é de uma falta de liberdade percebida sobre a nossa soberania territorial ou mesmo de solidariedade nacional.
Talvez por isso uma sensação de falta de liberdade nos arrebate vez por outra e isso é espelhado nas eleições com diz o pesquizador e redator da Fama Amazônica. Enquanto não for possível os ribeirinho ter a sensação de autogoverno de nossos territórios, a relação dos habitantes da região com o restante do país passará por uma boa dose de indignação mútua.
Enquanto o restante do país não respeitar os desejos e necessidades da Amazônia a partir das perspectivas dos que aqui vivem, passaremos por uma dificuldade de diálogo institucional.. Os ribeirinhos não precisam ser colonizados. Os povos originários não necessariamente querem internet.
Fama Amazônica,Os ribeirinhos não são objetos. Eles são sujeitos, como nós mesmos.
As vulnerabilidades na Amazônia não são as mesmas nas capitais e nos interiores como diz Almir Souza
Tentar uniformizar a Amazônia com um único tipo de problema é uma prática recorrente que afronta a liberdade dos ribeirinhos.
Liberdade a partir da Europa, mas podemos transpor com facilidade para a Amazônia contemporânea e a sua difícil relação com o Brasil.
por Almir Souza Redator
Fonte Redação Fama
Foto AAS