Fama Amazônica – O Brasil na Era da Crise Permanente

Não precisamos ser especialistas para perceber: nossos governantes estão virando as costas para a sociedade, enquanto tomam decisões absurdas que aprofundam desigualdades e desmantelam serviços públicos.
Bilhões de reais são liberados rapidamente para socorrer empresas em crises tarifárias — ação urgente e necessária — mas quando se trata da crise permanente da educação, o silêncio é ensurdecedor. O que deveria ser prioridade nacional desaparece da agenda política.
As pautas públicas não são conduzidas pelas necessidades coletivas, mas sim pelos interesses dos grupos com mais poder. Questões como a redução das desigualdades sociais e regionais sumiram do debate.
O livro Permacrisis, descreve bem esse cenário global de crises contínuas. Seus autores defendem um plano baseado em três frentes: crescimento, gestão econômica e governança.
O que vemos no Brasil é o contrário: geração de riqueza concentrada, sem benefícios sociais, acompanhada do desmonte de serviços conquistados ao longo de décadas.
Enquanto isso, pequenos e médios negócios — que sustentam a economia real e local — são esquecidos. O subemprego e a informalidade se normalizam, muitas vezes para atender grandes plataformas de tecnologia estrangeiras, em detrimento do trabalho formal e digno.
O país avança, mas à custa da destruição de valor para trabalhadores e empreendedores locais. Falta coragem para enfrentar o debate central: como gerar progresso sem sacrificar direitos sociais e o futuro de milhões de brasileiros.
Fama Amazônica denuncia: o Brasil não pode continuar preso em uma crise permanente que privilegia poucos e abandona muitos.
É urgente recolocar a educação, a justiça social e a valorização do trabalho no centro das decisões.
por Almir Souza Redator
Fonte Redação Fama
Foto AAS