A Galinha dos Ovos de Ouro da Sustentabilidade Brasileira
A Galinha dos Ovos de Ouro da Sustentabilidade Brasileira – A hora do Amazonas e da Zona Franca de Manaus chegou.Na contagem regressiva para a COP 30, que será realizada em Belém, o Brasil terá diante do mundo a oportunidade de provar que desenvolvimento e floresta em pé são compatíveis — e que a Amazônia não é um problema, mas uma solução climática e civilizatória.
A Zona Franca é a galinha dos ovos de ouro da sustentabilidade brasileira. Há 58 anos, o Polo Industrial de Manaus (PIM) gera riqueza, empregos e equilíbrio ambiental. Ele responde por 30% do PIB da Região Norte, sustenta 97% da floresta do Amazonas em pé e evitou, apenas em 2023, 31 milhões de toneladas de CO₂ — o equivalente a R$ 12 bilhões em créditos de carbono, se precificados nos padrões europeus.
A COP 30 será a passarela da verdade climática. E a Zona Franca de Manaus — essa verdadeira indústria da floresta — precisa ocupar o centro do palco como o patrão da sustentabilidade tropical que o Brasil precisa exibir ao mundo.
A Amazônia não precisa de discursos — precisa de exemplos
Mais do que palavras de salvação, o que o planeta precisa ver são demonstrações práticas de que uma indústria sustentável da floresta já existe — e prospera.
O CIEAM, por meio de sua Comissão ESG, propõe uma ocupação propositiva e científica da COP 30, levando dados, métricas e compromissos reais.
Silenciar, neste momento, seria omissão estratégica.
É hora de falar, mostrar e exibir — com ética, transparência e orgulho amazônico.
A floresta e seus povos são parceiros de futuro
A COP é, antes de tudo, um encontro de saberes.
A indústria da floresta deve se apresentar como aliada das comunidades tradicionais e indígenas, construindo uma nova economia da sociobiodiversidade.
O capital verde busca territórios de confiança, e os fundos climáticos internacionais exigem transparência e rastreabilidade.
O Polo Industrial de Manaus pode e deve se afirmar como porto seguro da confiança amazônica, exemplo de governança e sustentabilidade.
ESG antes do ESG existir
A Zona Franca de Manaus pratica sustentabilidade há quase seis décadas.
As empresas do PIM operam sob as mais rígidas normas ambientais e trabalhistas, e seus projetos de biocombustíveis, energia solar e hidrogênio verde já colocam a Amazônia como laboratório natural da transição energética — não sua periferia.
Cada emprego formal é uma árvore em pé.
Cada inovação é uma raiz nova na floresta viva.
Financiamos ciência e inovação amazônica
Do INPA à UEA, do IDESAM às startups, o Polo Industrial é fonte constante de recursos para pesquisa aplicada, bioeconomia e tecnologia de baixo carbono.
A ZFM é o maior case de economia verde baseada em floresta preservada no planeta.
Sustenta meio milhão de empregos diretos e indiretos e reduz milhões de toneladas de CO₂ — sem precisar derrubar uma só árvore.
A floresta é um ativo, não um custo
A caricatura da DGT – Demonstrativo dos Gastos Tributários da Receita Federal tenta reduzir a Zona Franca a uma “despesa” nacional.
Nada mais equivocado.
O que está em jogo é a maior contraprestação ambiental do Brasil, já internalizada no modelo ZFM.
Sem esse arranjo, o país teria de pagar em caixa o valor equivalente ao serviço ambiental que a floresta presta ao clima, aos rios voadores, à agricultura e à recarga hídrica do Centro-Oeste.
A floresta é um ativo climático — o Brasil apenas ainda não aprendeu a contabilizá-la.
Ovos de Ouro: a escolha é agora
Por décadas, a Zona Franca foi empurrada para a condição de ostra silenciosa, confinada ao fundo escuro das estatísticas tributárias.
Mas chegou a hora de abrir a concha e mostrar seu brilho.
A galinha dos ovos de ouro da Amazônia não protege seus pintinhos não por vaidade, mas por dever histórico:
defender o pacto federativo, a justiça climática e a corresponsabilidade entre Norte e Sul, floresta e indústria, natureza e nação.
A Zona Franca de Manaus é indústria legal da floresta — e sua existência é o maior investimento climático, social e federativo do planeta tropical.
A hora de mostrar isso ao mundo é agora.
Por Almir Souza – Revista Fama Amazônica
Fonte Redação Fama
Foto AAS





