Fama Amazônica e organizações exigem fim da exploração de petróleo e gás na Amazônia
A Revista Fama Amazônica se une a um manifesto histórico que exige o fim da exploração de petróleo e gás na Amazônia — uma iniciativa que, se concretizada, representaria uma catástrofe ambiental e social sem precedentes para toda a região.
É inacreditável que, em pleno colapso climático, o governo brasileiro ainda cogite ampliar essa ameaça. É um projeto absurdo, que coloca em risco a maior floresta tropical do planeta e seus povos.
Em carta ao Itamaraty, organizações da sociedade civil e movimentos sociais pedem que o Brasil lidere um compromisso inédito: reconhecer a Amazônia como a primeira zona de exclusão global para combustíveis fósseis e proibir qualquer expansão da exploração e produção de petróleo e gás na região.
O manifesto antecede a Cúpula da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), marcada para 22 de agosto, em Bogotá (Colômbia). Entre os signatários estão Coiab, Observatório do Clima, Greenpeace Brasil, 350.org América Latina, Movimento dos Atingidos por Barragens e a Rede Eclesial Pan-Amazônica.
Além do banimento, a carta propõe criar um grupo de trabalho intergovernamental e multissetorial, com participação paritária de povos indígenas, comunidades locais, especialistas e sociedade civil, para elaborar uma proposta de transição energética justa para a região.
O documento, endereçado ao ministro Mauro Vieira e ao embaixador João Marcelo Galvão de Queiroz, lembra dados do IPCC: cerca de 75% das emissões globais de CO₂ vêm da queima de combustíveis fósseis.
Abrir novas frentes de exploração na Amazônia não só viola compromissos climáticos já assumidos pelo Brasil, como ameaça diretamente a vida de povos indígenas e comunidades tradicionais.
A Fama Amazônica reafirma seu posicionamento: não há desenvolvimento possível que destrua a floresta.
A Amazônia é vida, não petróleo.
por Almir Souza Redator
Fonte Redação Fama
Foto AAS
