Sem categoria

Microplásticos em Placentas e Cordões Umbilicais: o alerta invisível que atinge até os bebês no útero

Microplásticos em Placentas e Cordões Umbilicais: o alerta invisível que atinge até os bebês no útero. A Revista Fama Amazônica vem, há tempos, alertando em suas páginas para o grave problema do lixo em nossos rios, especialmente na cidade de Manaus. É visível a ausência de educação ambiental por parte de boa parte da população, que ainda, em pleno século XXI, não demonstra consciência ecológica.

SEO e WEB DESIGN

Agora, imagine, amigos da Fama, o que acontece – e o que ainda está por vir – nas áreas da Amazônia e do Amazonas, onde a presença intensa do garimpo contribui para o agravamento dessa situação. Nossos rios e mares estão sendo contaminados por partículas invisíveis, mas extremamente perigosas: os microplásticos.

Microplásticos no útero
Pesquisas recentes revelam um cenário alarmante: microplásticos estão sendo encontrados em placentas e cordões umbilicais. Isso significa que os bebês já estão contaminados ainda dentro do útero.

Imperlave MANAUS

Essas amostras foram analisadas por meio da técnica de espectroscopia Micro-Raman, que permite identificar com precisão os compostos presentes. Os materiais mais encontrados foram polietileno (utilizado em embalagens descartáveis) e poliamida (presente em tecidos sintéticos).

Fontes da contaminação
Os pesquisadores apontam como fontes prováveis:

COPY CENTER MANAUS

A ingestão de frutos do mar, muito comuns na dieta amazônica;

O consumo de água mineral armazenada em garrafões plásticos, que, quando expostos ao sol, liberam rapidamente partículas de microplástico.

Além disso, estudos anteriores já associaram a presença de microplásticos a partos prematuros e apontaram que compostos como o poliestireno afetam diretamente o metabolismo da placenta, podendo interferir no desenvolvimento do feto.

O pesquisador Alexandre Urban Borbely alerta que estamos diante de uma crise ambiental com consequências biológicas profundas. Ele defende uma regulação urgente da produção e descarte de plásticos.

Dados chocantes
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) analisou amostras de 10 gestantes atendidas pelo SUS em Maceió. Foram encontradas 229 partículas de microplástico, sendo que em 80% dos casos havia mais partículas no cordão umbilical do que na placenta.

Microplásticos no chá e em órgãos humanos
Outras pesquisas revelaram que até saquinhos de chá liberam microplásticos diretamente no intestino. Essas partículas também já foram encontradas em diversos órgãos do corpo humano, levantando preocupações ainda maiores sobre os efeitos do consumo contínuo e invisível de microplásticos presentes em alimentos, bebidas e utensílios do dia a dia.

Soluções estão sendo estudadas, mas faltam políticas públicas
Cientistas da Universidade de Wuhan (China) desenvolveram um material sustentável capaz de reter até 99,9% dos microplásticos em corpos d’água. No entanto, a remoção dessas partículas em larga escala ainda enfrenta grandes desafios, por falta de estratégias universais e políticas públicas eficazes.

Enquanto isso, no Brasil, especialmente na Amazônia, reina a ignorância ambiental em todos os segmentos da sociedade, como alerta esta revista. Infelizmente, muitos ainda não compreendem os riscos que essa contaminação silenciosa representa para o futuro de nossa saúde e do planeta.

por Almir Souza Redator
Fonte Redação Fama
Foto AAS

Almir Souza

Aqui Amazônia Acontece

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo