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🎓 Ao Mestre com Carinho e o Fundeb no Amazonas

Quando se fala em Fundeb no Amazonas, é inevitável lembrar da figura do professor — aquele que, muitas vezes invisível aos olhos da política, sustenta a educação com vocação, coragem e esperança. E nessa lembrança, não posso deixar de citar o filme clássico “Ao Mestre com Carinho”, estrelado por Sidney Poitier.

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Esse filme não é apenas uma obra de ficção: é um espelho da realidade. Mostra como educar vai além de transmitir conhecimento técnico — é tocar vidas, transformar futuros, ensinar pelo exemplo, pelo afeto e pela dignidade. O personagem de Poitier, um professor que enfrenta uma turma hostil e desmotivada com firmeza e empatia, mostra que a educação é uma arte profunda, que exige sensibilidade, escuta e humanidade.

Fama Amazônica.. Mas o que diria Sidney Poitier — ou melhor, seu personagem — ao ver como a educação é tratada atualmente em algumas regiões do Brasil, especialmente no Amazonas?

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O Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) é um dos principais instrumentos de financiamento da educação pública no país. Formado por recursos da União, estados e municípios, ele deveria garantir condições dignas de trabalho aos profissionais da educação e uma estrutura adequada para alunos e professores.

No Amazonas, esse fundo tem sido utilizado para pagamento de abonos, salários, progressões e data-base, o que, em parte, valoriza os profissionais da educação. No entanto, nos últimos anos, o cenário se tornou confuso. Faltam critérios claros, planejamento contínuo e, sobretudo, respeito à carreira dos professores.

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Fama Amazônica.. Alguns municípios não têm garantido a aplicação justa e transparente desses recursos. Há relatos de atrasos, exclusões e cortes, o que gera insegurança entre os profissionais. E para 2025, algumas cidades do Amazonas correm o risco de não receber verbas extras do Fundeb, o que pode comprometer ainda mais o financiamento da educação básica.

É como se os mestres tivessem sido empurrados para o segundo plano, esquecidos entre papéis e burocracias. E o carinho? E o reconhecimento? Onde estão?

Assim como no filme, os verdadeiros mestres continuam a ensinar mesmo em meio ao descaso, acreditando no poder transformador da educação. Mas eles não deveriam caminhar sozinhos. Precisam de apoio, respeito e políticas públicas eficazes.

Se Sidney Poitier estivesse aqui hoje, talvez dissesse aos governantes e à sociedade:
“Educar é um ato de amor, mas não podemos exigir que o amor sobreviva sem dignidade.”

Fama Amazônica.. Que o espírito de “Ao Mestre com Carinho” nos inspire a revalorizar os professores, a lutar por uma gestão mais justa do Fundeb e a lembrar que uma nação que abandona seus educadores, abre mão do próprio futuro.

Por Almir Souza – Revista Fama Amazônica
Fonte Redação Fama
Foto AAS

Almir Souza

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