Turismo

Turismo no Amazonas: entre promessas e invisibilidades

Apesar do grande fluxo de turistas que visitam o Amazonas, especialmente Manaus, ainda tropeçamos em inúmeros problemas estruturais. O que se vê, na prática, é um cenário onde as promessas de desenvolvimento esbarram na invisibilidade dos resultados.

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O Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura, Serviço e Interiorização do Desenvolvimento do Estado do Amazonas (FTI), criado em 1996, tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento socioeconômico do estado. Na teoria, o FTI apoia projetos voltados ao turismo, à melhoria de serviços, à infraestrutura e, principalmente, à interiorização do desenvolvimento.

Mas na realidade da população amazônica, o que se vê é o oposto. Nós, que vivemos o dia a dia do Amazonas, não enxergamos os frutos desse fundo. Os projetos financiados, se existem, não se tornam visíveis ao povo. Onde estão as obras? Onde estão os benefícios que o FTI diz apoiar?

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O FTI afirma apoiar a melhoria da infraestrutura turística e a promoção dos destinos locais. Mas a realidade mostra estradas esburacadas, ausência de sinalização adequada, falta de capacitação e incentivo para guias locais, além da total ausência de um planejamento sustentável. A estrutura não acompanha a beleza da floresta.

O fundo também promete melhorar a qualidade de vida da população e fomentar a economia local. No entanto, essas ações parecem acontecer longe dos nossos olhos — e do nosso coração. O interior do Amazonas continua abandonado, sem investimentos sólidos, sem acesso digno, sem políticas públicas efetivas.

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Os recursos do FTI, destinados a prefeituras e empresas por meio de programas específicos, poderiam transformar cidades, atrair visitantes e gerar oportunidades. Poderiam ser utilizados para reformas, construção de equipamentos, capacitação de mão de obra, compra de materiais, e incentivo à cultura local. Mas os agentes de turismo que estão há anos nesse setor não enxergam essas ações acontecerem de fato.

Na teoria, o FTI é um vetor essencial para o crescimento econômico e social do estado, principalmente nos municípios do interior. Mas o que observamos é uma distância abissal entre o discurso e a realidade.

Acreditamos que os setores do turismo e da cultura têm papel decisivo na retomada econômica dos municípios e do estado. Movimentam a economia criativa, geram emprego, renda e valorizam a identidade amazônica. Mas para isso, é preciso presença, ação e fiscalização. O interior do Amazonas está cansado de promessas e abandonado pela falta de compromisso público.

A Revista Fama Amazônica continuará a cobrar, denunciar e dar visibilidade ao que precisa ser dito: é hora do FTI sair do papel e entrar de verdade na vida do povo amazônico.

por Almir Souza Redator
Fonte Redação Fama
Foto AAS

Almir Souza

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