O Triste Fim de Pablo

Pablo era um jovem da periferia, bem conhecido pelas autoridades devido aos delitos que cometia desde a infância. Aos 16 anos, já possuía uma ficha criminal extensa. Filho de uma família humilde, Pablo contava com o apoio dos pais, apesar das dificuldades financeiras.
Seu pai, um trabalhador assalariado, sempre fez o possível para orientar o filho a seguir um caminho diferente: estudar, trabalhar e buscar um futuro melhor. Infelizmente, Pablo nunca deu ouvidos aos conselhos. Suas amizades sempre foram com os piores elementos do bairro, e ele parecia determinado a seguir por um caminho sombrio.
Após ser internado por três anos em um centro de recuperação para menores, não demonstrou sinais de melhora — pelo contrário, saiu de lá ainda mais envolvido com o crime.
Ao retornar às ruas, não demorou muito para voltar à convivência com pessoas perigosas. Foi nesse momento que Pablo se envolveu com o tráfico de drogas.
Em pouco tempo, tornou-se um dos principais traficantes da cidade e passou a integrar uma facção criminosa, mergulhando de vez em um mundo sem volta.
Em pouco tempo, Pablo passou a dominar e abastecer os pontos de venda de drogas em toda a cidade. Ficou conhecido em todos os cantos como o “Rei da Coca”. Mas não parou por aí.
Com o crescimento da sua influência no tráfico, passou a comandar crimes ainda mais graves. Ao lado de sua quadrilha, envolveu-se em homicídios e ordenava a execução de rivais no mundo das drogas — queria ser o único no controle, o dono absoluto da situação.
O dinheiro do tráfico começou a chegar em grandes quantidades. Sua família, ainda humilde, passou a receber ajuda financeira vinda das atividades ilícitas. Mas nunca aceitaram essa realidade. Sabiam dos riscos, do preço que o crime cobra, e sofriam ao ver Pablo cada vez mais afundado naquele mundo. Seu nome estampava os noticiários locais quase todas as semanas.
Apesar das tentativas da família de alertá-lo, Pablo seguia imerso no submundo. Envolveu-se também com prostituição e foi nesse ambiente que conheceu Virgínia — uma jovem viciada, de beleza marcante, com quem iniciou um relacionamento conturbado. Pouco tempo depois, Virgínia engravidou de Pablo, trazendo ao mundo o primeiro filho do traficante.
O casal, jovem e inconsequente, não respeitava nada — nem mesmo a polícia. Diversas vezes, Pablo trocou tiros com agentes da lei e, em uma dessas ocasiões, um policial civil acabou morto.
A partir daí, as coisas começaram a pesar. Pablo já carregava nas costas uma longa lista de homicídios, e agora era procurado por envolvimento direto na morte de um agente do Estado — um crime que colocou seu nome no topo da lista dos mais procurados.
Com a pressão policial se intensificando, Pablo fugiu para outro estado. Já não era apenas um criminoso conhecido em Manaus; passou a ser procurado em todo o Brasil. Seu nome ganhou destaque até mesmo na lista da Interpol, tornando-se um dos criminosos mais perigosos e procurados do país.
Mas nem isso foi suficiente para frear sua ambição. Continuou atuando no tráfico, envolvido com armas, drogas e roubo de veículos. Porém, o cerco estava se fechando.
Numa manhã qualquer, os noticiários de todo o país anunciaram: “Pablo, o traficante conhecido como ‘Rei da Coca’, foi preso em Fortaleza com grande quantidade de drogas e carros roubados.”
A prisão foi rápida, mas a repercussão foi enorme. Em pouco tempo, ele foi transferido de volta a Manaus, onde agora teria que responder por todos os crimes que deixou para trás — homicídios, tráfico de drogas, associação criminosa, e a morte de um policial.
Julgado pelos inúmeros crimes cometidos ao longo da juventude e início da vida adulta, Pablo foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado.
A notícia correu rapidamente: o “Rei da Coca” agora estava atrás das grades, sem o poder, sem a liberdade e longe da família que, apesar de tudo, nunca deixou de amá-lo.
Mas, no mundo do crime, o passado sempre cobra sua conta. E com Pablo não foi diferente.
Dentro do sistema penitenciário, ele reencontrou os inimigos do passado — membros de uma facção rival que há tempos aguardavam o momento certo para se vingar. Eram os mesmos com quem Pablo havia travado guerras nas ruas, e contra os quais ordenara mortes em disputas por território e poder.
O fim veio rápido e brutal. Em uma noite comum, Pablo foi assassinado dentro da penitenciária, vítima de uma emboscada silenciosa e fatal.
A execução foi fria, planejada e deixava claro: o crime não perdoa nem esquece.
A morte de Pablo foi noticiada, comentada e, para muitos, previsível. Para a família, restou apenas a dor e o lamento por um jovem que teve oportunidades de mudar, mas escolheu o caminho mais curto — e mais cruel.
Reflexão Final
A história de Pablo, infelizmente, não é única. É o retrato de tantos jovens que crescem sem apoio social, rodeados por influências nocivas, e acabam engolidos por um sistema que não perdoa. O crime pode até parecer uma solução momentânea, mas o fim é quase sempre o mesmo: prisão ou morte.
Conclusão
Assim, a história de Pablo no mundo do crime chegou ao fim.
Um fim trágico, violento, previsível — mas evitável.
Ele deixou para trás uma companheira, filhos que crescerão com a sombra do seu nome, e uma família marcada pela dor e pelo arrependimento. Suas barbaridades agora vivem nas lembranças, nos registros policiais e nas páginas dos noticiários.
Ficam como advertência para os que pensam que o crime é um caminho de glória. Não é. Nunca foi. E Pablo é mais um entre tantos jovens que perderam a vida antes mesmo de aprender o real valor dela.
A Revista Fama Amazônica, traz essa história, escrita por Almir Souza como um alerta e um apelo por mais políticas públicas, educação de qualidade, oportunidades para os jovens da periferia e, acima de tudo, respeito à vida.
por Almir Souza Redator Hacker
Fonte Redação Fama
Foto AAS