Amazônia

Amazonas: Entre a Ciência, a Inovação e o Perigo

A Expedição que Pode Reescrever a História.. Uma equipe liderada pelo documentarista e explorador brasileiro Yuri Sanada iniciou uma jornada épica para medir e mapear o rio Amazonas, buscando comprovar que ele é o maior rio do mundo em extensão. Se confirmada, essa descoberta pode reescrever livros de geografia em todo o planeta, tirando do Nilo, na África, o título que historicamente lhe foi atribuído. No entanto, essa expedição vai muito além da busca por recordes: também se propõe a documentar a biodiversidade e os impactos humanos na Amazônia.

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O Debate sobre a Extensão do Maior Rio do Mundo

De acordo com a Enciclopédia Britânica, o Serviço Geológico dos Estados Unidos e o Livro dos Recordes do Guinness, o Nilo tem uma extensão de 6.650 quilômetros, enquanto o Amazonas chega a 6.400. Entretanto, pesquisas do IBGE e de exploradores independentes sugerem que o curso do Amazonas pode ser ainda maior, se considerada sua nascente no rio Mantaro, no Peru. Estudos mais recentes indicam que a verdadeira extensão pode atingir 6.800 quilômetros, ultrapassando o Nilo.

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Além disso, especialistas apontam que a medição de um rio não depende apenas de sua nascente, mas também de sua foz, e a do Amazonas é uma das mais amplas do planeta, dificultando a precisão dos cálculos.

Inovação Tecnológica na Amazônia

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Outro aspecto inovador da expedição é o uso de barcos elétricos desenvolvidos no Brasil, uma tecnologia sustentável que pode revolucionar o transporte na região amazônica. Diferente dos modelos alemães e chineses, esses barcos foram projetados para serem mais baratos, resistentes e fáceis de reparar.

Com um motor elétrico que custa apenas US$ 500 – em comparação com os US$ 5.000 dos modelos importados – essa inovação pode trazer benefícios não só para pesquisadores, mas também para comunidades ribeirinhas que dependem de embarcações para locomoção e sobrevivência.

Ameaças na Selva: Entre a Ciência e o Crime

A expedição de Sanada também carrega um risco significativo. A Amazônia é uma região marcada por conflitos, e nos últimos anos se tornou palco de violência contra ambientalistas e defensores dos povos indígenas. O caso mais emblemático foi o assassinato do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, em 2022, enquanto investigavam crimes ambientais na região.

Organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas, mineração ilegal e desmatamento transformaram a floresta em uma área de alto risco, e a equipe da expedição busca apoio de líderes indígenas para garantir proteção em sua jornada.

Entre 2016 e 2021, 58 líderes indígenas foram assassinados na região amazônica, e em 2023, pelo menos quatro defensores dos povos indígenas foram mortos no Brasil, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

O Futuro da Amazônia

Independentemente do resultado da expedição, o Amazonas continuará sendo um dos rios mais importantes do mundo. Além de sua extensão, ele representa a maior bacia hidrográfica do planeta e desempenha um papel crucial no equilíbrio ambiental global, capturando um terço das emissões de carbono.

Já o Nilo, por sua vez, continuará sendo um dos berços das civilizações antigas, símbolo da grandiosidade do Egito e da África.

Parecer da Revista Fama Amazônica

A Fama Amazônica vê essa expedição como um marco científico, mas alerta que seu maior valor está além da questão do comprimento do rio. A missão destaca o papel essencial da Amazônia para o planeta e denuncia os riscos que a floresta e seus povos enfrentam diariamente.

Mais do que uma disputa geográfica, esse é um debate sobre preservação ambiental, inovação sustentável e segurança na região amazônica.

A ciência pode definir qual é o rio mais longo do mundo, mas cabe a todos nós garantir que a Amazônia continue viva para as futuras gerações.

por Almir Souza-Redator Hacker Free Lancer
Fonte Redação Fama
Foto AAS

Almir Souza

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