Turismo

Quando o Amor à Manaus vai ser exercido por cada caboco Manauara?

Quando o Amor à Manaus vai ser exercido por cada caboco Manauara? Eu sou caboca manauara, sendo um misto de cearense de Crato e uma caboca de Manaus, tendo o meu coração divido entre esses dois estados.

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Mais amor é amor e o meu é bem grande por ambos estados. Em um nasci, cresci, trabalho e formei minha família (AM) e no outro (CE) aprendi o que é ter uma família grande, cheia de tios, tias, primos e primas, mas também o que é o amor familiar, a resiliência. O destino que Deus dá e que Ele contorna para que eu e os meus sejamos sempre abençoados.

Como Turismóloga formada em 1998 em Manaus, ouvi ao logo da minha carreira perguntas ignorantes sobre o que a gente faz, se iriamos só viajar, só “emitir passagens” coisa que nem existe mais…. algumas coisas mudaram, mas ainda falta envolver os atores principais dessa obra: o cidadão manauara, o amazonense.

Imperlave MANAUS

Tive a oportunidade de morar em Fortaleza para cursar meu mestrado que me deu além de conhecimento acadêmico, amigos, vivência em outro mercado de trabalho e poder acompanhar o dia a dia do mercado de eventos e de Sol e Praia, segmentos que são ofertados com excelência nos idos dos anos 2000.

As Instituições do setor, eram engajadas, abertas a opiniões, reuniam o trade desde o alto empresário até o vendedor ambulante que compõem a cadeia produtiva do turismo. O resultado disso? Ações conjuntas entre secretarias para otimizar os serviços e os recursos públicos em prol do cidadão e da atividade turística nas terras de Iracema.

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Na minha carreira acadêmica(1994 – até a presente data) Manaus mudou muito: passou por altos e baixos por parte do poder público, tivemos governantes que demonstravam seu ciúme pela cidade, seu amor, outros que acharam que o Turismo não era para a nossa linda morena e investimentos em estruturas que até hoje são mal operadas pois não dão retorno financeiro para se sustentarem.

E sigo na minha labuta docente, buscando pensar o Turismo de uma forma que possa beneficiar realmente cada um dos meus discentes. É muito complicado para um estudante se dedicar aos estudos, à pesquisa, `extensão sem uma concreta perspectiva de renda em seu futuro próximo. O poder público não vai absorver a todos, mas pode proporcionar oportunidades de outras formas de empreender, prestar serviços, desde que se exija o mínimo de qualificação

Quando vejo nos noticiários locais que o governo estadual ou municipal está planejando, lançando ou inaugurando algum novo local ou equipamento urbano, rogo sempre que o gestor inclua o habitante nesse novo lugar!

Como assim? Quando se fala que esse ou aquele equipamento é turístico ou é para o turista, imediatamente estou excluindo o cidadão, quem contribuiu com o pagamento dos impostos, de conhecer aquele lugar, mesmo tendo pago por. Como assim? Se é para o turista e eu sou morador, esse lugar não é para mim, os valores praticados lá, não são para o meu bolso, é para TURISTA.

Ledo engano do poder público, pois um lugar, cidade, equipamento turístico precisa da comunidade local para ser “vivo”, para ter a cara do povo local, da cultura local e não algo criado para “TURISTA VER”. Que cada um de nós, que pagamos nossos impostos, possamos desfrutar da nossa Manaus com iluminação pública, com segurança, com os nossos sabores, costumes, quentura pois até ela é peculiar do nosso lugar.

Quando o Amor à Manaus vai ser exercido por cada caboco Manauara? Que o Amor por nossa Manaus floresça e faça nascer uma onda de cuidado pelo nosso lugar.

Por Claudia Menezes Martins-Professora Adjunta do curso de Turismo da UEA; turismóloga; mestre em Gestão de Negócios Turísticos e doutora em Turismo e Hotelaria.
Fonte Real Time 1
Foto Divulgação

Almir Souza

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