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Fama Amazônica – Todos os brasileiros estão acompanhando, pelos noticiários e redes sociais, o desenrolar de vários julgamentos feitos pela nossa justiça. Talvez alguns de nossos amigos leitores já tenham ouvido a expressão “julgamento de cartas marcadas”.
De forma geral, ela se refere a um processo no qual a decisão já foi tomada antes mesmo de se considerar as provas. Isso acontece frequentemente em sistemas autoritários que tentam manter uma aparência de legalidade. Há exemplos históricos em ditaduras recentes e, segundo alguns juristas, isso também ocorre hoje em nossa mais alta corte.
É provável que a maioria de nós nunca enfrente algo assim em um tribunal. Porém, na vida cotidiana, é comum sermos julgados por pessoas que não querem ouvir o nosso lado da história. Antes mesmo da conversa, já chegaram às suas conclusões – e agem com amargura, ira ou dissimulação.
Quando passei por situações assim, minha reação era argumentar, apresentar minhas “provas” e discutir intenções. Mas o resultado era sempre o mesmo: mais atrito e a reafirmação da condenação já planejada. Quando alguém já tem uma posição fechada sobre você, qualquer diálogo se torna uma paródia de justiça.
Nesses casos, estudiosos alertam: não adianta fazer perguntas para tentar levar o outro a raciocinar. Eles não querem ouvir nem aprender – apenas concluir sua “sentença”. Muitas vezes, o silêncio é a resposta mais sábia. Não prolongue a conversa.
Como reagir, então, quando somos acusados injustamente? Creio que a resposta está em nos lembrarmos de que nossa esperança não está na justiça humana, mas na justiça divina.
Injustiça é característica do homem; verdade e justiça, porém, pertencem a Deus.
Minha oração é que saibamos reagir com mansidão e confiança diante dos “julgamentos de cartas marcadas” – seja no âmbito pessoal ou nacional.
Que a verdade prevaleça.
por Almir Souza Redator
Fonte Redação Fama
Foto AAS