O Custo de Viver na Amazônia: Alerta da Fama Amazônica

Viver na Amazônia é um privilégio para quem valoriza a natureza, a cultura e a resistência de um povo que enfrenta inúmeros desafios diariamente. Mas é também um enorme teste de sobrevivência. A Revista Fama Amazônica, com os pés na floresta e os olhos atentos ao cotidiano do povo, faz um alerta: o custo de vida na região, especialmente em Manaus, está se tornando insustentável para a maioria da população.
E mais do que isso: há abuso, omissão e silêncio.
Aluguel, transporte, energia, alimentos… Tudo pesa no bolso. Para muitos, ou se compra o básico ou se passa fome. Isso não é drama, é a realidade cruel de milhares de famílias.
E enquanto isso, os órgãos que deveriam fiscalizar os preços e proteger o consumidor viram as costas. Os números não mentem:
Aluguel: Um apartamento simples em Manaus pode variar de R$ 800 a R$ 1.200. Cesta básica: Custa, em média, R$ 680 — mais da metade do salário mínimo.
Transporte público: A tarifa é de R$ 4,50; no mês, pode ultrapassar R$ 198.
Energia elétrica: O calor amazônico exige ventiladores ou ar-condicionado, com contas de luz que variam de R$ 200 a R$ 400.
Gás, água e internet: Custos essenciais que só aumentam.
Resultado: O salário mínimo mal cobre as despesas básicas. E o consumidor ainda enfrenta produtos com preços superfaturados nos supermercados e comércios locais.
A logística é difícil? Sim. Mas isso não justifica o abuso.
E onde estão as autoridades?
A pergunta que ecoa nos becos de Manaus, nas margens dos rios, nas feiras e nas cozinhas das mães de família é uma só: Cadê os órgãos de fiscalização? Cadê o Procon? Cadê as secretarias de governo?
Estamos em um barco à deriva. E como diz o presidente, que prefere fugir de perguntas com frases de efeito infelizes, “não compre”. Ora, isso é uma piada de mau gosto com o povo amazônida.
Quem tem fome não espera. Quem tem filhos para alimentar, não pode “não comprar”.
A Fama Amazônica faz um alerta.
Não podemos naturalizar o absurdo. Não podemos aceitar viver numa terra rica, onde os moradores vivem como reféns dos preços, da omissão e do descaso.
Se ninguém fala, a Revista Fama fala.
Se os oráculos não respondem, nós comunicamos ao mundo:
o povo da Amazônia está sendo explorado e abandonado.
A floresta resiste. O povo também. Mas até quando?
por Almir Souza Redator
Fonte Redação Fama
Foto AAS