Manaus

Patrimônio em Ruínas: Fama Amazônica denuncia abandono do Colégio Amazonense Dom Pedro II

Manaus (AM) – Em meio a uma série de pesquisas realizadas entre os prédios históricos e literários de Manaus, a Revista Fama Amazônica constatou, por meio do redator Almir Souza, a situação precária do Colégio Amazonense Dom Pedro II, um verdadeiro símbolo da história e da educação no Amazonas. Localizado no coração da capital, o colégio encontra-se visivelmente deteriorado.

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Para quem passa pelas imediações, o abandono salta aos olhos. Nas salas de aula, é possível observar paredes com infiltrações, rachaduras, mofo e pintura em avançado estado de desgaste. A cena é desoladora. A equipe da Fama Amazônica ficou horrorizada com o estado de abandono por parte das autoridades responsáveis, sobretudo diante da importância cultural e histórica da edificação.

Símbolo da história do Amazonas
Inaugurado em 1886, durante o Ciclo da Borracha, o Colégio Amazonense Dom Pedro II, carinhosamente conhecido como “Estadual”, é a unidade de ensino mais antiga do estado e uma das dez mais antigas do Brasil. De acordo com a atual diretora da escola, Adriana Brasil, a história da instituição se entrelaça com a própria trajetória do Amazonas. “O orgulho de fazer parte dessa rotina é imensurável”, afirma.

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Com fachada em estilo neoclássico, o prédio se destaca por detalhes arquitetônicos como colunas de pedra de liós importadas de Portugal e o brasão do Império do Brasil em alto relevo, ainda visível na estrutura. Em 1988, foi tombado como Patrimônio Histórico do Estado do Amazonas, por meio do decreto nº 11.034.

Uma história que precisa ser preservada
A instituição foi fundada em 1869 com o nome de Lyceu Provincial Amazonense, pelo então presidente da Província do Amazonas, João Wilkens de Matos. Ao longo do tempo, recebeu diversas denominações, como Gymnasio Amazonense, Gymnasio Amazonense D. Pedro II, até adotar, na gestão do governador Henoch da Silva Reis, o atual nome: Colégio Amazonense Dom Pedro II.

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Hoje, com 155 anos de existência, o colégio clama por atenção urgente das autoridades públicas. A Fama Amazônica se soma à sociedade manauara na cobrança por restauração e valorização deste patrimônio imensurável, não apenas da educação, mas da identidade cultural do povo amazonense.

Promessas vazias e realidade ignorada
Segundo o redator Almir Souza, as promessas de revitalização são feitas há anos — e há anos nada muda. “E garanto que nada mudará por enquanto”, relata. A descrença se justifica pela longa espera da população e pela inércia das autoridades competentes, que reconhecem o valor do prédio, mas permanecem apenas no discurso.

De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), será elaborado um relatório técnico detalhado com a descrição dos danos identificados. O documento também incluirá recomendações técnicas para que os responsáveis adotem as medidas corretivas necessárias. No entanto, não há prazos definidos nem garantias de execução.

Compromisso com a memória e o respeito ao povo
Vamos acompanhar de perto. A situação causa mal-estar aos alunos, transeuntes e ex-alunos que guardam memórias afetivas daquele espaço.

É uma pena ver um patrimônio dessa magnitude sendo consumido pelo descaso.

A Revista Fama Amazônica reafirma seu compromisso com a memória, a educação e o bem-estar da população do Amazonas.

Não vamos silenciar diante do abandono.

por Almir Souza Redator
Fonte Redação Fama
Foto AAS

Almir Souza

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