Feliz Páscoa com Késsia Batista

A Páscoa é uma das celebrações mais antigas e significativas da humanidade. Presente em diversas culturas, atravessou milênios e se transformou em um poderoso símbolo de fé, libertação e renovação. Em uma abordagem sensível e informativa, a jornalista Késsia Batista, colunista convidada da Revista Fama Amazônica, mergulha nas origens e transformações da Páscoa — desde suas raízes judaicas até os elementos culturais pagãos que se entrelaçaram à tradição cristã.
A Origem Judaica da Páscoa
A Páscoa Judaica, chamada de Pessach, celebra a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito, conforme relatado na Bíblia. Segundo a tradição, a comemoração foi instituída por ordem de Javé a Moisés, sendo descrita detalhadamente no livro do Êxodo, capítulo 12. O nome “Pessach” significa “passagem” e remete à noite em que o anjo da morte passou pelas casas egípcias, poupando aquelas marcadas com sangue de cordeiro.
Essa festa, celebrada na primavera do hemisfério norte, é profundamente conectada ao conceito de libertação física, histórica e espiritual.
A Páscoa Cristã: Morte e Ressurreição de Cristo
Com o surgimento do cristianismo, a Páscoa ganhou novo significado. Embora originada da tradição judaica, passou a remeter diretamente à paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo — um dos pilares da fé cristã.
Na tradição católica, a Páscoa marca o encerramento da Quaresma, período de 40 dias de jejum e reflexão. A Semana Santa, que antecede a Páscoa, relembra momentos marcantes da vida de Cristo:
Domingo de Ramos, a entrada triunfal em Jerusalém;
Quinta-feira Santa, a Última Ceia;
Sexta-feira Santa, a crucificação e morte;
Domingo de Páscoa, a celebração da ressurreição.
A data é móvel e foi oficialmente definida no Concílio de Niceia (325 d.C.) como o primeiro domingo após a lua cheia do equinócio da primavera, variando entre 22 de março e 25 de abril.
As Influências Pagãs: Fertilidade e Renovação
Como destaca Késsia Batista, a Páscoa moderna também foi moldada pelas culturas pagãs europeias, especialmente durante a cristianização dos povos germânicos. Elementos dessas culturas foram absorvidos pelo calendário cristão, criando uma fusão de significados e símbolos.
Historiadores apontam uma forte relação entre a festividade da Páscoa e o culto à deusa germânica Eostern ou Ostara, ligada à fertilidade e à chegada da primavera. É justamente dessa divindade que se originam os nomes da Páscoa em línguas como: Ostern (alemão) Easter (inglês).
As festas em homenagem a Eostern aconteciam durante o equinócio da primavera — o mesmo período em que, mais tarde, se estabeleceu a Páscoa cristã no hemisfério norte.
O Coelho e os Ovos: Símbolos Antigos em Novas Tradições
Outros símbolos amplamente associados à Páscoa — como o coelho e os ovos — têm raízes na simbologia pagã, onde representavam fertilidade, vida nova e renascimento. Esses elementos foram integrados à tradição cristã à medida que as culturas locais eram incorporadas ao cristianismo.
Na contemporaneidade, esses símbolos foram ressignificados e popularizados, especialmente entre as crianças, mantendo viva a ideia de renovação e esperança que a Páscoa representa.
Páscoa: Um Encontro entre Tradições e Culturas
Em seu artigo para a Revista Fama Amazônica, a colunista Késsia Batista nos convida a olhar para a Páscoa como uma celebração que une mundos: o sagrado e o simbólico, o antigo e o contemporâneo, o religioso e o cultural.
Mais do que uma data religiosa, a Páscoa é um convite à reflexão, renovação interior e esperança. Ao entender suas origens, compreendemos melhor a riqueza do presente e o quanto a história, a fé e a cultura estão interligadas na construção de nossos rituais mais profundos
por Késsia Batista
Fonte Redação Fama
Foto Késsia Batista