A corrupção no Brasil é um problema estrutural e cultural?

Fama Amazônica – O Brasil tem enfrentado desafios significativos no combate à corrupção, e a piora na sua posição no Índice de Percepção da Corrupção da Transparência Internacional em 2025 reflete essa realidade. A nota 34, a pior já registrada para o país, indica um alto nível de percepção de corrupção, reforçando a necessidade de medidas mais eficazes para promover a transparência e ai. Essa queda pode estar relacionada a diversos fatores, como a falta de avanços em reformas institucionais, retrocessos em órgãos de controle e investigações, além da politização do combate à corrupção. Enquanto isso, países com notas mais altas no ranking geralmente possuem instituições mais fortes, maior independência do Judiciário e leis de rigor
A corrupção no Brasil é um problema estrutural e cultural, que atravessa diferentes governos e instâncias da sociedade. A queda da nota de 38 para 34 e da posição de 94º para 107º no Índice de Percepção da Corrupção reforça essa realidade preocupante. Ainda que um governo específico possa ter maior ou menor influência nesses números, o problema é enraizado em práticas que vão além das administrações.
A corrupção no Brasil não se limita à política – está presente também no setor privado e até no cotidiano da população, desde pequenas infrações até grandes esquemas. Isso reforça a ideia de que o combate à corrupção exige não apenas leis e punições mais rígidas, mas também uma mudança de comportamento.
Fama Amazônica – Como podemos, enquanto sociedade, transformar essa realidade? Educação, transparência e fortalecimento das instituições são alguns caminhos, mas a corrupção no Brasil não se resume apenas a grandes escândalos políticos e empresariais. Ela se manifesta em pequenas atitudes do dia a dia que são, muitas vezes, socialmente aceitas ou até admiradas. Desde furar uma fila, usar jeitinhos para roubar regras ou tentar subornar um guarda para evitar uma multa, até os mega esquemas financeiros no alto escalonamento, a corrupção está presente em diversos setores da sociedade.
O problema se agrava quando essa cultura é normalizada. Muitas pessoas criticam a corrupção nas altas cargas, mas praticam pequenas infrações no cotidiano, sem perceber que tudo faz parte do mesmo problema sistêmico. Se a sociedade tolera e até valoriza certos comportamentos antiéticos, como esperar vantagens pessoais em troca de favores, a transformação precisa ser cultural e educacional.
A conscientização sobre ética, cidadania e responsabilidade coletiva deve começar cedo, nas escolas e dentro das famílias. Como podemos promover essa mudança? O que poderia fazer com que as pessoas enxergassem a corrupção..
A corrupção é, de fato, uma marca cultural profundamente enraizada na sociedade brasileira, e isso não pode ser ignorado. Como você sabe, muitas vezes é tolerado e até admirado, o que torna mais difícil erradicar esse comportamento. Há uma percepção generalizada de que “todo o mundo faz”, o que acaba criando uma atmosfera onde as pessoas, por um lado, não se sentem culpadas por adotarem práticas corruptas em níveis pequenos, e por outro, não veem a gravidade dos problemas.
Fama Amazônica – Essa comunicação não é apenas um reflexo de falhas no governo, mas também de uma normalização dessas práticas no cotidiano, onde valores como “jeitinho” ou “fazer o que é necessário” muitas vezes se sobrepõem à ética. A ideia de que quem usa esses conceitos é ser “esperto” ou “inteligente” é um reflexo desse tipo de cultura. Isso acaba alimentando uma corrente de desconfiança nas instituições e gera um ciclo vicioso que é muito difícil de aceitar.
Para mudar essa realidade, talvez o caminho esteja em transformar a educação e a conscientização pública, colocando o valor da integridade no centro de discussão, desde a escola até a mídia e as empresas. O que nós faz acreditar ser um passo importante para começarmos a reverter essa norma.
por Almir Souza-Redator Hacker Free Lancer
Fonte Redação Fama
Foto AAS